“Uma história maravilhosa de resistência em uma cultura que não valoriza as mulheres. A escrita de Nadia Hashimi evoca a de Khaled Hosseini.” – Book Reporter
“Nadia Hashimi nos agracia com uma história familiar sensível e bela. Seu cativante relato é um retrato do Afeganistão em toda a sua desconcertante e enigmática glória e um espelho das lutas ainda atuais das mulheres afegãs.” – Khaled Hosseini, autor de O caçador de pipas
Filhas de um viciado em ópio, Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh, que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar.
Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre.
Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul.
A pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias des...
“Uma história maravilhosa de resistência em uma cultura que não valoriza as mulheres. A escrita de Nadia Hashimi evoca a de Khaled Hosseini.” – Book Reporter
“Nadia Hashimi nos agracia com uma história familiar sensível e bela. Seu cativante relato é um retrato do Afeganistão em toda a sua desconcertante e enigmática glória e um espelho das lutas ainda atuais das mulheres afegãs.” – Khaled Hosseini, autor de O caçador de pipas
Filhas de um viciado em ópio, Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh, que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar.
Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre.
Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul.
A pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias dessas duas mulheres extraordinárias que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância, compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente narrativa sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os próprios caminhos.
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“Nadia elabora com maestria uma trama que incorpora narrativas de sobrevivência, maternidade e força interior. Alternando entre a tragédia e o triunfo, esta obra certamente será apreciada pelos leitores que se deleitam com protagonistas fortes.” – Library Journal
A maioria das mulheres na aldeia não sabia ler. Minhas irmãs e eu havíamos aprendido graças à insistência de Khala Shaima. Já Rohila e Sitara talvez não tivessem a mesma oportunidade, pensei, agora que Madar-jan havia se enclausurado em si mesma e a saúde de Khala Shaima não era mais o que costumava ser.
– Badriya não sabe ler.
– Bem, essa é a sua chance – disse Khala Shaima. Ela se inclinou e expirou lentamente, os lábios franzidos. – Fale com ela com bastante cuidado. Acho que seria bom para você ver os lugares que Bibi Shekiba viu.
A ideia me animou ainda mais quando ela mencionou minha trisavó. Eu já havia experimentado sua vida dupla, andando por aí como um menino. Queria ver os lugares que ela vira. Porém, queria mais do que ela teve também. Eu não queria ser um fantoche como ela fora, passada de mão em mão. Desejava ser mais ousada. Fazer meu próprio nasib, meu destino, não deixar que ele fosse definido pelos outros e entregue já pronto a mim.