JULIA QUINN começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a ...
Considerada a “rainha dos romances de época” pela Goodreads, Julia Quinn já atingiu a marca de 10 milhões de livros vendidos.
Mais lindo que a lua, primeiro livro da série Irmãs Lyndon, é uma história irresistível sobre reencontros e desafios, romantismo e perseverança.
Foi amor à primeira vista. Mas Victoria Lyndon era a filha do vigário, e Robert Kemble, o elegante conde de Macclesfield. Foi o que bastou para os pais dos dois serem contra a união. Assim, quando o plano de fuga dos jovens deu errado, todos acreditaram que foi melhor assim.
Sete anos depois, quando Robert encontra Victoria por acaso, não consegue acreditar no que acontece: a garota que um dia destruiu seus sonhos ainda o deixa sem fôlego. E Victoria também logo vê que continua impossível resistir aos encantos dele. Mas como ela poderia dar uma segunda chance ao homem que lhe prometeu casamento e depois despedaçou suas esperanças?
Então, quando Robert lhe oferece um emprego um tanto incomum – ser sua amante –, Victoria não aceita, incapaz de sacrificar a dignidade, mesmo por ele. Mas Robert promete que Victoria será dele, não importa o que tenha que fazer. Depois de tantas mágoas, será que esses dois corações maltratados algum dia serão capazes de perdoar e permitir que o amor cure suas feridas?
***
– Não vou desistir de você, Victoria. Vou assombrá-la noite e dia. Vou fazê-la admitir que me ama.
– Não amo – sussurrou ela.
A carruagem parou e Robert disse:
– Parece que chegamos à sua casa.
Victoria logo juntou seus pertences e levou a mão à porta. Mas, antes que alcançasse a madeira polida, Robert tocou a mão dela.
– Só um minuto – disse ele, a voz rouca.
– O que você quer, Robert?
– Um beijo.
– Não.
– Só um beijo. Para me ajudar a passar essa noite.
Victoria olhou aqueles olhos que ardiam como brasa e penetravam diretamente sua alma. Passou a língua pelos lábios; não pôde evitar.
A mão de Robert moveu-se até a nuca de Victoria. O toque era delicado. Se ele tivesse feito um pouco mais de pressão ou tentado forçá-la, ela sabia que teria resistido. Mas a gentileza dele a desarmou e ela não conseguiu se afastar.
Os lábios dele tocaram os dela, roçando-os devagar, até que a sentiu ceder ao seu toque. Sua língua umedeceu um dos cantos da boca de Victoria, depois o outro, então contornou os lábios grossos dela.
Victoria achou que fosse desmanchar.
Mas então ele se afastou. As mãos dele tremiam. Victoria olhou para baixo e percebeu que as dela também.
– Conheço meus limites – disse ele em voz baixa.
Victoria piscou, percebendo, desesperada, que não conhecia os próprios.