JULIA QUINN começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a ...
O conde enfeitiçado é sexto livro da série Os Bridgertons.
“Julia Quinn é nossa Jane Austen contemporânea.” – Jill Barnett, autora de Tudo por um beijo
“Inteligente e divertido.” – revista Time
Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton.
Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele.
Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos – a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite.
Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz.
No sexto livro da série Os Bridgertons, Julia Quinn mostra, em sua já consagrada escrita cheia de delicadezas, que a vida sempre nos reserva um final feliz. Basta que estejamos atentos para enxergá-lo.
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Por Deus, ela desejava Michael.
Devia ter se afastado. Mas algo a fez criar raízes naquele lugar. Não conseguiu afastar os olhos dos dele, e quando as mãos dele pousaram em seus ombros, ela não protestou. Talvez até tenha inclinado o rosto levemente para a frente, algo dentro dela reconhecendo aquele momento, aquela dança sutil entre homem e mulher.
Michael tocou o seu queixo, ergueu o seu rosto apenas um pouco. Francesca aguardou o momento, o primeiro toque, porque, por mais apavorante que fosse, ela sabia que seria perfeito.
E foi.
Os lábios dele tocaram os seus de leve. Era o tipo de beijo que seduzia com a sutileza, que fazia o corpo formigar e que deixava a pessoa desesperada, querendo mais. Nos recantos mais nebulosos de sua mente, Francesca sabia que aquilo era errado. Mas não conseguiria ter se movido nem se as labaredas do inferno estivessem lambendo os seus pés.
Ele pousou a mão na base de suas costas, os dedos incendiando-a com o seu calor inebriante. Não a puxou para si exatamente, mas a pressão se fez clara e o espaço entre os dois foi desaparecendo até ela sentir o suave roçar dos trajes de noite dele na seda de sua camisola. E o calor começou a aumentar, e ela se sentiu derreter.