Loretta Lynda Chekani nasceu em 1949 numa família albanesa. Assim que aprendeu a escrever, passou ...
“Escândalo de cetim é uma divertida farsa que mistura inteligência efervescente, ritmo impecável e humor ininterrupto.” – Library Journal
“Cada frase de Loretta Chase brilha com inteligência e charme.” – RT Book Reviews
Irmã do meio entre as três proprietárias de um refinado ateliê de Londres, Sophia Noirot tem um talento inato para desenhar chapéus luxuosos e um dom notável para planos infalíveis. A loura de olhos azuis e jeito inocente é na verdade uma raposa, capaz de vender areia a beduínos. Assim, quando a ingênua lady Clara Fairfax, a cliente mais importante da Maison Noirot, é seduzida por um lorde mal-intencionado diante de toda a alta sociedade londrina, Sophia é a pessoa mais indicada para reverter a situação.
Nessa tarefa, ela terá o auxílio do irmão cabeça-dura de lady Clara, o conde de Longmore. Alto, musculoso e sem um pingo de sutileza, Longmore não poderia ser mais diferente de Sophia. Se a jovem modista ilude as damas para conseguir vesti-las, ele as seduz com o intuito de despi-las. Unidos para salvar lady Clara da desonra, esses charmosos trapaceiros podem dar início a uma escandalosa história de amor... se sobreviverem um ao outro.
Em Escândalo de cetim, segundo livro da série As Modistas, Loretta Chase nos presenteia com um dos casais mais deliciosos já descritos. Além de terem uma inegável química, Sophia e Longmore são divertidos como o rodopiar de uma valsa e sensuais como um corpete bem desenhado.
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Cabelos pretos, brilhantes olhos negros... o nariz de um nobre, reto e arrogante, a compleição de quase 1,90 metro.
Toda aquela beleza máscula. Ah, se ele também tivesse um cérebro, pensou Sophia. Não, melhor não. Em primeiro lugar, um cérebro em um homem não era algo muito conveniente. Segundo, ela não tinha tempo para homens. Precisava salvar sua loja da ruína iminente.
Como a maioria de seus pares, lorde Longmore raramente se levantava antes do meio-dia. Os cabelos desalinhados, o lenço torto no pescoço, o casaco, o colete e as calças amassados revelavam a Sophia que ele ainda não fora se deitar – pelo menos não na própria cama.
Em sua mente, vislumbrou o imponente conde nu, em meio a um emaranhado de lençóis. Ela nunca o vira sem roupa, e era melhor que continuasse assim. No entanto, tinha uma imaginação fértil.
Com firmeza, afastou aquele pensamento. Um dia ela se casaria com um homem respeitável, que não se meteria em seu trabalho. Longe de ser respeitável, Longmore era um grande tolo, que sempre se metia na vida dos outros.
Além disso, era o filho mais velho de uma mulher que queria ver as irmãs Noirot varridas da face da Terra. Somente uma tonta se envolveria com ele.