JULIA QUINN começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a ...
“Julia Quinn é uma contadora de histórias perfeita.” – Publishers Weekly
Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu.
Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles.
Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres.
O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível.
Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.
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Antes que Sophie tivesse um segundo para respirar, os lábios dele estavam colados aos dela, gentis e suaves, fazendo-a se arrepiar inteira.
Com a mão que estava na cintura dela – e que a guiara com tanta tranquilidade durante a valsa –, ele começou a puxá-la em sua direção. A pressão era lenta, mas inflexível, e Sophie experimentou um calor ainda maior conforme os dois se aproximavam, chegando ao ponto de sentir a pele queimar quando enfim o corpo todo dele estava encostado no seu.
Ele parecia muito grande e poderoso, e em seus braços ela se sentia a mulher mais linda do mundo.
O beijo ficou mais exigente. A mão de Benedict deslizou pelo braço dela até as costas e foi parar em sua nuca, e depois soltou seus cabelos do penteado.
Nesse momento ela escutou um som estranho, exótico e retumbante.
– O que foi isso?
– Um gongo – respondeu ele. – Para anunciar que é hora de todos tirarem as máscaras.
Sophie sentiu o pânico tomar conta de seu corpo.
– O quê?
– Deve ser meia-noite.
– Meia-noite? – arfou ela.
Benedict assentiu.
– Hora de tirar sua máscara.
Sophie levou uma das mãos ao rosto e apertou a máscara com força contra a pele, como se de alguma forma ela pudesse colá-la a seu rosto.
– Você está bem? – indagou Benedict.
– Preciso ir – retrucou ela, e, sem dizer mais nada, levantou a barra do vestido e saiu correndo.